Provocações para pensar o queer na Educação
Palabras clave:
teoria queer; pedagogia queer; gênero; sexualidade; educação.Resumen
Este artigo tem como objetivo propor algumas provocações para pensarmos as práticas educativas a partir do campo dos Estudos Queer. Utiliza como método uma revisão documental crítica para apresentar o início da história da teoria queer e do termo pedagogia queer. Como aporte teórico para este artigo, utilizamos contribuições dos Estudos de Gênero, dos Estudos Feministas, dos Estudos Queer e dos Estudos Pós-Estruturalistas. Trabalhar metodologicamente com essas contribuições teóricas significa reconhecer nossos perspectivismos e questionar todas as pretensões das narrativas universalizantes que produzem dados hegemônicos sobre a sociedade e a cultura. Nesse sentido, é importante o reconhecimento de que em toda pesquisa científica há a perspectiva do/a pesquisador/a com suas decisões subjetivas sobre todos os processos envolvidos na pesquisa, desde a coleta de dados à análise dos resultados. Portanto é uma perspectiva que aceita sua parcialidade, sua incompletude e principalmente seu posicionamento político. Porém, podemos entender as pedagogias queer menos como um método, mas funcionando mais como uma provocação, mais uma aposta na possibilidade de construir novas pedagogias que permitam discursos menos normativos sobre as diferentes formas de vivermos nossos corpos, nossos gêneros e sexualidades, afetando também nossas formas de viver nossas identidades como modos de vida e também os processos de ensino-aprendizagem e de exercício do pensamento. Como conclusão, na perspectiva dos vários desafios que os Estudos Queer trazem para o campo da educação, o artigo propõe cinco questões para pensar a tradução do termo queer para a língua portuguesa e espanhola, para pensar o uso da sigla LGBTQIAP+, para pensar a importância da presença nas mulheres na teoria queer, para pensar a importância dos Estudos Queer na área da educação envolvendo a interseccionalidade gênero-sexualidade-etnia-raça, e para pensar a necessidade de novas geografias e espaços escolares para exercício das práticas educativas inovadoras.Citas
Britzman, D. (1995). Is there a queer pedagogy? Or stop reading straight. Educational Theory, 45 (2), 151-166.
Bryson, M.; Castell, S. (1993). Queer Pedagogy: Praxis makes im/perfect. Canadian Journal of Education, 18 (3), 285-305.
Butler, J. (2006). Deshacer el género. Barcelona: Paidós.
Butler, J. (2003). Problemas de gênero: feminismo e subversão de identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Cowie, A. (1990). Oxford Advanced Learner ́s Dictionary of Current English. Oxford: Oxford University Press.
Deleuze, G.; Guattari, F. (1976). O Anti-Édipo. Rio de Janeiro: Imago Editora.
Deleuze, G.; Guattari, F. (1995). Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: Ed. 34, v. 2.
Derrida, J. (2001). Posições. Belo Horizonte: Autêntica.
Derrida, J. (2004). Gramatologia. São Paulo: Perspectiva.
Dinis, N. F. (2014). Por uma pedagogia queer. Itinerarius Reflectionis, 9(2), 1-12. Recuperado de: https://doi.org/10.5216/rir.v2i15.27710
Patrick Johnson, E. (2001): "Quare" studies, or (almost) everything I know about queer studies I learned from my grandmother. Text and Performance Quarterly, 21(1), 1-25 Recuperado de: https://queertheoryreadinggroup.files.wordpress.com/2015/09/22quare_22studies-2cor_almost_everythingiknowabo.pdf
Foucault, M. (1988). História da sexualidade I: A vontade de saber. Rio de Janeiro, Edições Graal.
Foucault, M. (1979). Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal
Lauretis, T. (1991). Queer theory: Lesbian and Gay Sexualities. An Introduction. Differences, 3(2), p. iii-xviii.
Louro, G. L. (2004). Um corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo Horizonte: Autêntica.
Pinar, W. F. (ed.). (1998). Queer Theory in Education. Mahwah, N.J.: L. Erlbaum Associates, 1998.
Preciado, B. (2014). Manifesto contrassexual. São Paulo: n-1 edições.
Rubin, G., & Butler, J. (2003). Tráfico sexual – entrevista. Cadernos Pagu, (21), p. 57–209. Recuperado de https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8644617
Spargo, T. (2000). Foucault and Queer Theory. New York: Totem Books.
Vázquez Recio, R. (2014). Research, Gender, and Ethics: A Necessary Triad for Change. Forum Qualitative Sozialforschung / Forum: Qualitative Social Research, 15(2). Recuperado de: https://doi.org/10.17169/fqs-15.2.2150
Warner, M. (ed.). (1993) Fear of a Queer Planet: queer politics and social theory. Minneapolis: University of Minnesota Press.
Polyphōnía: Rev. Educ. Inclusiva, Santiago, v.5, n.2, p.121-135, ago./dic. 2021-e-ISSN: 0719-7438.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Los autores cuyos trabajos hayan sido publicados en Polyphōnía. Revista de Educación Inclusiva (e-ISSN: 0719-7438), aceptarán los siguientes términos y condiciones:
- Los autores conservarán sus derechos de autor.
- Los autores garantizarán a Polyphōnía. Revista de Educación Inclusiva (e-ISSN: 0719-7438), el derecho de primera publicación de su obra.
- Polyphōnía. Revista Educação Inclusiva (e-ISSN: 0719-7438), publicación científica del Centro de Estudios Latinoamericanos de Educación Inclusiva (CELEI), se distribuye bajo una Licencia Creative Commons Atribución-No Comercial-CompartirIgual 4.0 Internacional. ULR: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/deed.es
Polyphōnía. Revista de Educación Inclusiva (e-ISSN: 0719-7438), es una publicación cienífica que no impone ningun cargo para sus autores, lectores y público interesado.
Polyphōnía. Revista de Educación Inclusiva (e-ISSN: 0719-7438), permite compartir y redistribuir el material en cualquier medio o formato, siempre y cuando, sus usarios no inquieran en acciones comerciales y respeten los derecho de autor asociados a cada producción y/o trabajos, publicados oficialmente en la misma.